Assim são também as pessoas interessantes: têm falhas.
Pessoas perfeitas são como Viena, uma cidade linda, limpa, sem fraturas geológicas, onde tudo funciona e você quase morre de tédio.
Pessoas, como cidades, não precisam ser excessivamente bonitas. É fundamental que tenham sinais de expressão no rosto, um nariz com personalidade, um vinco na testa que as caracterize.
Pessoas, como cidades, precisam ser limpas mas não a ponto de não possuírem máculas. É preciso suar na hora do cansaço, é preciso ter um cheiro próprio, uma camiseta velha pra dormir, um jeans quase transparente de tanto que foi usado, um batom que escapou dos lábios depois de um beijo, um rímel que borrou um pouquinho quando você chorou.
Pessoas, como cidades, têm que funcionar, mas não podem ser previsíveis.
De vez em quando, sem abusar muito da licença, devem ser insensatas, ligeiramente passionais, demonstrarem um certo desatino, ir contra alguns prognósticos, cometer erros de julgamento e pedir desculpas depois, pedir desculpas sempre, pra poder ter crédito e errar outra vez.
Pessoas, como cidades, devem dar vontade de visitar, devem satisfazer nossa necessidade de viver momentos sublimes, devem ser calorosas, ser generosas e abrir suas portas, devem nos fazer querer voltar, porém não devem nos deixar 100% seguros, nunca. Uma pequena dose de apreensão e cuidado devem provocar, nunca devem deixar os outros esquecerem que
pessoas, assim como cidades, têm rachaduras internas, portanto podem surpreender.
Falhas. Agradeça as suas, que é o que humaniza você."
Achei lindo e verdadeiro :D
beijos*
Ainda bem que sou uma Cidade! hehe
ResponderExcluircheia desses defeitos e principalmente, cheia de impulsos!
Amei esse texto. Copiei.
ResponderExcluirAdorei seu blog... leio sempre agora.
(sou a amiga da Lu de petrópolis)
Beijos karine
quer dizer.... sou de Petrópolis e não a Lu... ahm vc entendeu rsrsrs
ResponderExcluiradorei, muito legal mesmo!! eu pensei em comentar quando eu li, mas não comentei não sei porque! =)
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