segunda-feira, 5 de novembro de 2012

conforto, paz e amor

A gente muda muito com o passar do tempo. Muda pra melhor, muda pra pior, muda porque cansou de tomar na cara, muda para se adaptar àquela pessoa que pode ser o amor da sua vida pra sempre. E algumas mudanças aparecem sem que a gente nem se quer perceba. Essas são as típicas mudanças valiosas, na minha humilde opinião. O ser humano, querendo ou não, é um ser adaptável e quando a gente quer mesmo que alguma coisa funcione, a gente tem sim que ir se encaixando às situações, pessoas e tudo mais.
Olho pro passado e percebo o quanto cresci, o quando mudei, o quanto amadureci. Ninguém acredita que aquela pessoa impulsiva, controladora, desesperada, ciumenta até mandar parar, hoje em dia tenta viver uma vida longe de problemas e muito mais saudável. Esse tipo de mudança é imprescindível. Afinal, temos que crescer e o crescimento vem depois de tombos e sofrimentos, na maioria das vezes, mas ele vem. A gente erra, erra e erra mais uma vez mas uma hora a ficha cai e a gente só procura paz e tranquilidade.
Talvez eu esteja muito nova pra dizer isso, mas eu acho que achei minha paz. Cansei de viver uma vida de novela mexicana, cansei de babados e confusões. E posso dizer que estou no momento mais feliz e pacífico da minha vida desde 1992. "PORRA LÍVIA, TÁ FALANDO ISSO DE NOVO?" cara, é diferente. Porque a felicidade pode ser alcançada de várias maneiras. Mas a felicidade plena, aquela que você deita na sua cama, e pensa 'nossa, não tenho nada com que preocupar e meus problemas desapareceram'. Esse é o tipo de felicidade que importa. Não é uma felicidade preocupada com o que vai acontecer daqui 5 minutos. Se aquela pessoa que está ao seu lado vai se importar com você essa noite ou se amanhã de manhã você vai ter que mandar um 'bom dia' porque tem certeza que a pessoa vai esquecer da sua existência. Poxa, isso não é vida. Não pra mim. Ter que ligar pra 'oiiii, estou aqui, eu te amo e nossa, você nem se importa comigo mas eu existo, beleza?'. Chega disso. Chega de falsa felicidade, de falsos momentos tranquilos, chega. 
A felicidade é isso que eu tô sentindo agora às 00:46 de uma madrugada chuvosa. Planejar uma vida, um relacionamento duradouro. E só ter um tipo de preocupação: ciúme bobo que faz pensar "porra, ela tá me trocando pelo livrooooo veeeei!'. Porque é assim que eu quero viver. É um conto de fadas que tem tudo pra terminar com o final mais feliz do universo. Porque quando alguém te completa, te preenche, te ama, te apoia, te ouve, preocupa com você.. não tem o que atrapalhar, não tem porque dar errado.
Enfim, a gente cresce e uma hora encontra a zona de conforto e aquele amor puro, saudável e verdadeiro tão almejados (:

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Aquele sorriso eterno..

"A felicidade não existe, o que existe são momentos felizes"

Meu tio costuma dizer isso. Mas eu não sei se concordo. Muitas vezes me pego rindo, pensando, sendo feliz. E completamente sem motivo. Motivo concreto, porque o motivo sempre tá ali escondido no nosso subconsciente. Costumo dizer que sou dessas pessoas que faz o que tem vontade de fazer sem pensar demais. Talvez isso seja ruim, talvez seja bom. Só sei que arrependimento é uma coisa inconstante na minha vida. Quem sabe lá no futuro isso me atrapalhe, né? Mas por enquanto minha felicidade venho conquistando desse jeito. Penso mais em mim e se vai me fazer feliz, eu faço.
Fico vendo tanta gente triste, tanto sofrimento, tanto pesar. Lógico que a felicidade é diferente para cada um, mas será que é tudo tão ruim assim pra viver num eterno drama? Não, acho que não. 
Sou meio bobona às vezes, tô sempre de bom humor, e ainda tem gente que se sente incomodado com isso. Não buzino no trânsito, não xingo quando acordo atrasada e se tô de mal humor, pode saber que no final do dia já estou muito melhor. Quem me conhece sabe que sou assim. 
Me sinto orgulhosa de morar numa cidade que em meio ao trânsito enlouquecedor você olha pro horizonte e só enxerga montanhas, árvores. Isso me alegra profundamente.
Ah, a felicidade.. Tão desejada por todos, tão aclamada nos comerciais de margarina, tão sedutora e muitas vezes passageira. Tanta correria, tantos problemas, tantas pessoas tentando te dar aquela rasteira, tantos sonhos muitas vezes estragados por terceiros, tantas dores de cabeça... Será que em meio a tudo isso conseguimos respirar e valorizar todos aqueles momentos felizes que passaram ou que vão ainda chegar? Tem que ter muito jogo de cintura e não deixar a peteca cair. O mundo tá muito cheio de gente estressada, pavio curto, ignorante. Chega, né? Tanta coisa bonita pra se viver, tanto sonho pra se realizar e vamos saber só de criar mais e mais cabelos brancos? Deixa que isso a genética faz pela gente ;)
Enfim, de uns dias pra cá não tenho tido motivo para ficar triste, pra baixo, irritada, estressada. Eu mudei muito. Comecei a relevar muitos problemas, picuinhas não me pegam mais. De gente com energia pesada eu tô correndo léguas!
Se um dia tudo tiver ruim, pensa que na guerra com certeza é BEM pior!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tudo em seu tempo

PRATICAR O DESAPEGO.
Frase difícil de ser seguida. Às vezes é o essencial a se fazer mas dói tanto que você prefere ficar do jeito que está. Esquecer uma pessoa, um momento, uma fase da nossa vida não é nada fácil. Requer força de vontade e muitas vezes deixar muita coisa boa pra trás. O sentimento é tão maior do que a vontade de se desapegar que complica ainda mais. Nos vemos perdidos em meio a tanta cobrança, tanta decepção, tanta dor que no final de tudo damos aquele famoso giro de 360 e voltamos para a estaca 0. Onde tudo volta a ser do jeito que era antes. Mas aí inicia-se uma luta interior que nem o ser humano de espírito mais elevado da face da terra é capaz de entender. Suas vontades se mistura com o que é certo, o que é errado, o que é gostoso. E você faz tudo de novo. Mesmo sabendo que no final das contas vai quebrar a cara pela quadragésima vez. Vale à pena? Tanto desgaste, tanta doação, tanto amor pra no final de tudo não receber nem metade em troca? Enfim, me questiono isso todos os dias, o dia inteiro. E é fato que as pessoas se cansam. Por mais que demore, por mais que a decepção venha em dose cavalar, um dia a gente se cansa. E quando cansa, cansa de verdade. Cansa de se humilhar, cansa de correr atrás, cansa até de dar bom dia. O amor próprio aumenta e o amor alheio diminui. É a lei dos amantes mal amados, já diria Maria Rita. 
Nascemos, vivemos e morreremos em função do amor. Seja amor de amigo, amor de mãe, amor de homem, de irmão, de tio, de mulher, de primo. ENFIM. O amor é o maior e o menor sentimento de todos. E o amor é, de fato, decepcionante. Chega uma hora da vida que você vai amar, vai sofrer e vai se fu***. É normal, cara. É normal mas tudo em dose moderada. Amar demais machuca e acabamos esquecendo de nós mesmos. Aí você se dá conta de que CHEGA, não dá mais. Que a partir de agora você vai viver sua vida, sem fulana de tal e vai, uhul, ser a pessoa mais feliz do mundo. Difícil. Mais difícil ainda quando se passou um tempo enorme com aquela pessoa e agora você tem que fingir que nada aconteceu. Porque é assim. As pessoas se esquecem. Aquele que ama vai se lembrar pelo resto da eternidade dos momentos bons, felizes, das dificuldades superadas e das noites mal dormidas pensando naquela surpresa pra sua amada. Mas nem todo mundo é assim. Você é assim porque você ama demais e não tem nem coragem de apagar aquela pessoa do seu pensamento. Mas e o outro? Será que ela também está pensando em você e no quanto vocês foram felizes? Bom, não garanto nada. Mas que no fundo você quer que ela esteja pensando em você, aaah você quer.
O jeito é amar sua vida, seus amigos, amar aquele ursinho de pelúcia ou seu cachorro que nunca te abandonou ou simplesmente pensou em te trocar. Amar sua mãe, seu pai, seu irmão, sua vó, sua tia, seu primo, seu trabalho, seus estudos, cada fio de seu cabelo. Até sua unha que caiu depois de uma caminhada dolorosa, até ela tem que ser amada. Amar os planos que você faz pra sua vida, amar o café da sua mãe que você toma todos os dias a tarde, amar aquela novela viciante, aquele livro que te prende a atenção e sua palavra cruzada de todos os dias. Valorizar quem realmente te valoriza, quem realmente quer te ver feliz e, mais que isso, amar aquela pessoa que tenta com todas as forças te fazer feliz e você não dá bola. Aquele seu amigo que te chama pra ir andar de bicicleta, aquela sua amiga que te manda mensagem 7h da manhã nas férias falando 'tá na hora de acordaaaaar!'. Amar aquela pessoa que depois de anos tá ali sempre que você precisar nem que seja pra dar um OI. 
Não duvido do amor de ninguém, cada pessoa é especial e marca a vida da gente de um jeito único e incrível. Mas o amor não é a única coisa que sustenta uma relação. Aqui estou como prova disso. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Too messy

Chega uma fase da vida que as coisas ficam desgastadas. Tudo parece estar antiquado demais, batido demais. Você parece sempre mais gorda, suas roupas são sempre as mesmas, seu cabelo você tenta mudar mas de nada adianta, espinhas parecem nunca parar de surgir. Mas aí você percebe que a insatisfação não é apenas física. Se trata de uma crise de existência. Seus estudos não andam nada bons, sua família é intolerante e argumentativa demais. As únicas coisas que salvam são os amigos e o namoro (que também tem seus altos e baixos que fazem o medo dominar). Mesmo assim tudo mudou. O jeito como você leva a vida não parece ser o mesmo mais, as pessoas ao seu redor não são aquelas de dois anos atrás, seus gostos passaram por fases e agora nem ler mais você lê. As músicas que você ouve não são mais as mesmas, o jeito que você olha a vida e o mundo mudou completamente. 
Sim, todos nós estamos suscetíveis a mudanças a qualquer momento, seja um novo itinerário até o trabalho, uma nova rádio que se escuta. Mas será que toda mudança é positiva? Nem sempre. Mudar requer força de vontade. Ou será que todas as coisas vieram acontecendo de uma maneira que de repente tudo mudou? Pois é. Assim é incontrolável e tudo parece escapar pelos dedos. Aquela pessoa de quem você não desgrudava agora nem OI mais existe; sua família, da qual você não vivia sem, agora está em segundo plano; sua pele mudou; seu corpo mudou; seu jeito mudou. Mudanças irreversíveis? Talvez. Aquelas saudáveis e que trouxeram pelo menos um pouco de alegria pra sua vida, vale à pena cultivar. Aquelas que foi necessário esforço árduo pra conquistar, também são necessárias to keep. Mas será que você se coloca em primeiro lugar na sua própria vida? Se preocupa com o que realmente vai fazer sua vida andar? Será que viver de trabalho trabalho trabalho está sendo satisfatório? Tudo precisa ser colocado na balança. Até mesmo as horas de sono perdidas pensando em como fazer quem você ama feliz. Fazer alguém feliz. Isso também é bastante relativo e pode levar a mudanças consideráveis. Você não precisa e nem deveria esquecer suas vontades, suas pretensões, suas metas de vida pra viver em função de ninguém. Seja pai, mãe, amigo, amiga, namorado, namorada. Cada coisa em seu devido lugar, com sua devida importância. Sua namorada é a coisa mais importante na sua vida? Ok, pode até ser. Mas depois de você. Cuidar de você ajuda em todos os aspectos. Em todos os relacionamentos, sejam eles amorosos ou não. 
O quanto cada coisa te afeta? O que é realmente preocupante e o que não deveria nem te atrapalhar? Difícil distinguir para quem está num turbilhão de sentimentos, lembranças, dúvidas, complicações. Às vezes o que mais importa na sua vida got lost in a shuffle e você, distraído, nem percebeu. Pessoas indo embora. Sonhos escapando pelos dedos. Raivas indesejadas. Saúde por um fio. Por qual motivo? Boa pergunta. Seria apenas uma questão de ponto de vista? Não exatamente. Ponto de vista é uma coisa inexistente numa vida conturbada em que tudo está fora do lugar. Até sua alma. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

only words..

Sinto falta de muita coisa na minha vida. Muita coisa. Ultimamente tenho sentido saudade de momentos que tive quando era criança, que eu sei que nunca mais os terei. Porque quando a gente cresce é tudo diferente. Tudo MUITO diferente. E eu não sei se gosto de tudo isso que tá acontecendo comigo. Não sei se gosto de ser quase adulta, de ter quase todas as mesmas responsabilidades de alguém com a vida completamente formada.

São muitas coisas deixadas pra trás. Muita saudade, sim. Mas tenho que ter foco, senão me perco em meio a tanta nostalgia. Pessoas que ficaram lá no passado e de lá não vão sair, não tem jeito mais, findou-se. Por mais que eu queira arrancá-las de lá sendo guiada pela saudade que dói, não seria a mesma coisa. As pessoas passam pela nossa vida e vão embora, é a lei natural das coisas. O que não morre nunca, é a família. Amigos vão, amigos vêm. Claro que têm aqueles eternos e que eu sei contar nos dedos quem são. Amores vão, amores vêm. Olha, eu, aquela quem achava que ia amar apenas uma pessoa na vida, tá falando isso, é, mudei. Pois é. Somos capazes de amar mais de uma vez. Claro que em intensidades diferentes, amores diferentes, pessoas diferentes, tudo diferente.

Ok, olha eu desviando o assunto.. Mas coisas desse tipo são boas de falar e dão muito pano pra manga. Sim, amor é uma coisa que vem e custa a passar. Aliás, acho que nem passa. Quando é amor de verdade, vai existir pra sempre. E você sempre vai se rebaixar à quem você ama. Triste, porém verdade. Resta saber seu limite e o limite do outro. Porque se machucar demais não vale, não dá, é quase um suicídio essa coisa de amar. Você se entrega completamente ao outro, vive completamente pelo outro, esquece que você tem vida própria e que, querendo ou não, ninguém vai te amar mais do que você mesmo. Fácil demais falar, agora, bora colocar isso em prática? Tô tentando tem sete meses. SETE meses. Ai, como o tempo voa.........

Aí voltamos pra essa coisa chata de tempo. Tempo, porque você existe? Ele pode curar, pode machucar, ele pode tudo. Quase um Chuck Norris. Às vezes eu quero que o tempo voe pra parar de doer, outras vezes quero parar o tempo ali, olhando pra você, vivendo aquele momento eternamente. Agora, quero que o tempo ande bem lentamente. Não estou preparada pra te perder. Eeeeeeeeeenfim..

Se eu quero voltar no tempo e fazer tudo diferente? Sim. Se eu sei o que mudar? Não. Sei que queria que tudo AGORA fosse diferente. Queria que eu tivesse o controle da situação e do meu coração. Eu ia ser tão mais feliz... Felicidade. My challenge. Porque quando eu consigo ser plenamente feliz, alguma coisa vai e acaba com isso. Só queria entender o que fiz pra não conseguir ser feliz por longos tempos. Eu não era assim. Foi só entrar essa coisa chamada amor no meu coração que tudo desandou. Sim, o problema é amar. Não são as escolhas que são os problemas, como todo mundo me diz. Minhas escolhas são baseadas no que sinto, logo, a culpa é do sentimento. Homem, mulher, qualquer um, amar dói. Amar faz a gente fazer loucuras. E eu continuo dizendo, não me arrependo de nada que fiz/faço.

Escolhas. Outra palavra que as pessoas me jogam na cara todos os dias. Falam como se eu tivesse cega ao escolher o que estou escolhendo ultimamente. NÃO. Acordem pra vida, eu não sou otária e nem criança pra escolher alguma coisa que eu não quero. Tudo que escolho, faço é porque quero. E nunca fui e nem serei influenciada POR NINGUÉM. Ninguém tem poder sobre mim, ao contrário do que muitas pessoas pensam. Porque sim, eu sei que pensam. Amizades. Eu sei escolher as minhas. Sei o que me faz bem e o que não me faz bem. Sei definir o certo do errado, pra mim. Porque aquilo que me faz bem é o certo pra mim. A minha felicidade eu sei o nome, o sobrenome, aonde mora, com quem anda e aonde encontrar. OU SEJA, eu cuido de mim mesma e fica tudo bem, obrigada (: