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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Deus sabe o que faz..

Dona Cila (Ana)
Maria Gadú

De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh`alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu

Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé

Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto


Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé

Me mostre um caminho agora

Um jeito de estar sem você

O apego não quer ir embora

Diaxo! ele tem que querer


Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir

Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for

O fardo pesado que levas
Desagua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho cheirando alecrim


Não sabia o que era a morte. Nunca passei por isso na minha vida. Nunca senti dor tão forte. Tristeza imensa. Não por ela, sei que ela tá melhor do que muita gente aqui. Mas pelas crianças, pelas filhas, pela irmã, pelos amigos. Por todos nós que ficamos sem a força maior que movia nossas vidas. O rebanho dela vai seguir em frente. Vamos fazer todo do jeito que prometemos. Vamos nos amar. Do mesmo jeito que eu te amo, vó. Aonde quer que você esteja.

beijos*

quinta-feira, 13 de maio de 2010

uma manhã quase trágica

Ela foi dormir bem. Acordou, sentou na cama e percebeu que tava sentindo uma dor esquisita. Garganta inflamada. "Paaai! tô com dor de garganta!". Termômetro. Febre. Não muito alta. Mais uma febrezinha de nada. "Fica aí que eu vou levar seu irmão no colégio, eu volto". Ela se enroscou ainda mais no coberto e ficou lá, com a garganta e a cabeça latejantes. Mandou mensagem para a amiga, pediu para avisar a todos. Começou a pensar que aquilo tudo que ela tava sentindo podia ser seu psicológico. Sem vontade nenhuma de ir pro colégio, o emocional interferiu no físico e ajudou. Ajudou? Ela pensa que sim. Mas agora só quer saber de cama, cobertor, luz apagada. Ela está gripada, uma gripe forte. A dor de garganta desencadeia a dor de ouvido que desencadeia febre. Daí vem a vontade de ficar só deitada.

Depois de umas três horas dormindo mais que o normal ela levanta. Come e vai pro computador. Sozinha em casa, começa a ver fotos antigas. Ela se sentiu no meio de um furacão 'como o tempo voa, meu Deus!'. Lembrou que era aniversário da prima amada. Pega o telefone. "Alô, Ana Júlia?". Sim, era ela. Parabéns pra lá, parabéns pra cá e ela quase estraga a festa surpresa da prima. "Não! eu vou pro parque!" tem alguma coisa esquisita. "Você não pode ir pro parque! Eu vou na sua casa hoje!". A prima desesperada passa o telefone pra mãe. "Lívia sua burra! É festa surpresa!". Ela tem vontade de socar a si mesma, rs. "Nossa, passa pra ela aí que eu vou dar um jeito". Depois de muito sufoco, tudo resolvido.

Depois do quase desastre no telefone a mãe dela liga. "Oi filha, você tá bem?". Ela estava com muita vontade de gritar 'vem pra caaaasa mãe!', mas não podia fazer isso, já que os problemas da mãe precisam ser entendidos. "Ah, minha garganta da doendo demais, mas tô bem". Como toda mãe ela desaba a falar milhões de coisas a serem feitas. A filha ouve, ouve e ouve. Elas desligam. A filha pensa 'que saudade da minha mãe'. Calma, ela só ficou ausente por um dia e uma noite!

O irmão dela chega. Nenhuma briga por enquanto. Sentam no sofá para ver televisão. Ela ainda está debaixo das cobertas. Que frio, não? Pois bem. Almoço.

E depois do almoço? Ela volta para a cama a espera da mãe para ser paparicada um pouquinho.. Ô carência!

beijosinflamados*